O Departamento de Comunicação, Filosofia e Política, da Faculdade de Artes e Letras da Universidade da Beira Interior, entrou em funcionamento no dia 15 de Outubro de 2019. Ainda é tão novo e, segundo se diz (confesso que ainda não fui ao polígrafo confirmar...), já viveu um momento de gloriosa pedagogia: numa aula de Filosofia o professor colocou uma cadeira em cima da sua mesa e pediu aos alunos que usassem todo o seu pensamento filosófico para conseguir provar que a cadeira simplesmente não existia. Consta que a maior parte dos alunos se lançaram numa verdadeira epopeia mental escrevendo resmas de folhas de palavreado obtuso, que houve um que teve a ideia luminosa de dizer apenas que tinha havido um surto esquizofrénico na sala e que todos os alunos viam o que lá não estava, mas o melhor de todos foi o que teve uma tirada genial, conseguiu fazer magia ao concentrar tudo em duas breves palavras: "qual cadeira?"
Eu confesso que também teria escrito páginas e páginas, teria divagado abundantemente, teria convocado a metafísica de Platão e a sua famosa Alegoria da Caverna, teria apelado a toda a imaginação para entrelaçar a realidade na ficção e provar que afinal aquela cadeira era apenas um mito desconforme com a realidade.
Mas o golpe de génio é outra coisa. A ideia luminosa dispensa divagações e palavreados estéreis, é um flash espontâneo e elementar - O difícil é fazer simples, sempre o disseram os grandes artistas." Qual cadeira?", foi o suficiente para brilhar e ofuscar páginas e páginas de verborreia oca. É caso p'ra dizer: "Esperto, o moço!!!"
Gondri
3 comentários:
Resumindo e baralhando,aí está a resposta que nem a cadeira esperava.
Esse episódio recordou-me um outro.
Encontrando-nos reunidos, naquele átrio, no topo das escadas, logo ao cimo das escadas, á direita da porta de entrada, todos entretidos, a ponderar novas formas de praxe, novas formas de convívio, chega-me um colega, todo entusiasmado porque, tinha recebido uma carta do Pai, com as "esperada e desejada" mesada.
Ok, então abre, pá.
Ele abre e, de entusiasmado, começo a vêr uma lividez cadavérica a apossar-se dele.
Então rapaz que se passa ?
Em resposta estende-me a carta, bem aberta e, então vi todo o seu teor ...
?
Pois, um "ponto de interrogação" gigante era tudo o que figurava, enquanto texto e, dentro do envelope, nada mais existia.
Ao ver aquilo, questionei, então pá, se recebeste esta e é uma resposta a outra carta que enviaste, posso saber teor da que mandaste.
O pá, foi muito simples o que escrevi ...
Olha foi:
Pai !
Cumprimentos para lá, dinheiro para cá .
Um abraço para este colega e a memória da forma simpática, amiga e até, paternal, que seu pai nos recebeu, eventualmente, numa famosa viagem de 36 horas, entre a Covilhã e o Cartaxo.
Ah, ah, ah, essa tá demais, Vasco, e então a "lividez cadavérica" partiu-me todo :)
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