terça-feira, 28 de abril de 2020

A Análise Matemática da Ana Maria São Miguel, um terror…

Matemática: condenados ao insucesso? | Escola Portuguesa
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Quem se lembra da Análise Matemática da Ana Maria São Miguel?... Um terror! A mulher era sádica todos os dias, fazia uns testes de cortar à faca, oito valores para a teoria, doze para a prática. A teoria, tipo prove que isto é igual àquilo, era só p’ra predestinados. Por isso a malta já sabia que se não tirasse nove e meio na prática lerpava larguete.
As pautas das frequências de Análise Matemática pareciam um funeral. A razia era tanta que chegava a haver quem se gabava de tirar cinco ou seis. A seguir às frequências vinha o exame, e era outra enxurrada de notas de merda. E era isto.
Ora, com quase toda a gente chumbada, e sem sala de aula que albergasse tanta gente, a Ana Maria São Miguel chegava à época de Setembro e fazia um teste fácil. O problema é que o pessoal, habituado aos testes dificílimos que ela fazia, estranhava tanta facilidade e via rasteiras em todo o lado. Se ela metia, por exemplo, uma primitiva direta daquelas cagativas de resolver, toda a gente adotava a máxima de que quando a esmola é grande o pobre desconfia e encarava-a como se fosse uma primitiva por substituição, das difíceis, à Ana Maria São Miguel, engatando aquela porcaria toda. Ou seja, paradoxalmente, quando mais o aluno sabia mais probabilidade tinha de se espalhar ao comprido…
E era então que a Ana Maria São Miguel, qual boa samaritana, se lamentava: “não percebo, dizem que a culpa é minha porque faço testes difíceis, mas fiz um facílimo e chumbaram à mesma. Como é que podem dizer que a culpa é minha?!...”.
Bem, a verdade é que quando a Ana Maria São Miguel se foi embora, e veio o Lavrador, aquilo era só dezassetes e dezoitos nas pautas. A culpa era mesmo dela…

Gondri


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