sexta-feira, 24 de abril de 2020

UBI por Vasco Silva





Creio que ninguém questionará o meu “respeito” pela Instituição onde me licenciei, assim como poucos, dos que me conheceram e me conhecem, me considerarão “politicamente correcto” ou “institucionalmente acomodado”, nunca o fui e não o serei agora.

Orgulho-me de um percurso de luta, em prol do prestígio desse estabelecimento de ensino e dos seus alunos, em conjunto com muitos outros, mais ou menos incógnitos que, quando, essa luta, se tornou menos institucional e mais “política”, me levou a enveredar por outras paixões e, é com esse “background”, de luta, pela diferenciação positiva dos licenciados “by UBI” face aos “made by UM” que, agora, me arrogo o direito de emitir este alerta.

Não irei falar de episódios académicos, de gaffes ou de momentos, mais ou menos hilariantes, vou falar de uma Instituição e daquilo que, entendíamos e ainda entendo, sêr o seu papel, numa cidade, numa região e num País.

Verificámos, ao longo destes mais de 35 anos, uma região a sêr “absorvida” pela UBI que, ao invés de fornecer á região e á iniciativa privada, ferramentas e meios de desenvolvimento, os absorve, tornando toda uma cidade e quiçá região, dependente da Instituição.

Ao mesmo tempo, a U.M cresceu, libertando massa crítica e competência que, se foi e vai fixando na região e, assim, tornando o Minho como uma das regiões mais desenvolvidas, tecnologicamente, cumulando esse facto com, um futuro suportado por uma média de idades de residentes das menores da Europa, ou seja, a U.M assumiu o seu papel, na comunidade, sem comprometer o seu próprio e, assim, contrariamente á UBI, colocou-se á disposição da comunidade, ouvindo as suas necessidades, adaptando e criando soluções e fornecendo meios.

No seu início, o departamento têxtil UBI servia de exemplo, pelo cunho prático e de lógica empresarial, que o seu carismático Director, Dr. Fiadeiro, lhe transmitia e, por cujo futuro, se debatia, porém, com a sua partida do meio académico, esse princípio esmoreceu, em nome de outros conceitos e ambições, de natureza académica mas, o facto é que, mesmo com uma Universidade moderna, de 35 anos, toda uma região, em termos industriais se mantem envelhecida e empobrecida, para não dizer decadente.
Por favor, não venham com argumentos de que a responsabilidade é dos empresários, dos licenciados ou do meio envolvente, da serra, dos meios de comunicação pois, seria responsabilidade da Instituição, conhecer as realidades, as expectativas e as necessidades das comunidades e industrias que lhe estão próximas e, nesse particular, olhar o trabalho desenvolvido pela U.M, seria positivo.
Não UBI, esse não é o caminho certo, não UBI esse não é o papel que se pretendia para ti e, num futuro, o risco de “implosão” começa a sêr bastante evidente …


    Vasco Silva
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1 comentário:

Nuno Miguel da Cruz Ramos disse...

Vasco, completamente de acordo, a interioridade não pode ser resposta para tudo, a integração plena da Instituição UBI, na cidade e região urge, é fundamental,e está reservado para ela a liderança e o carregar com toda uma região.
As forças políticas e institucionais, bem como os empresários e comerciantes terão que entender e reconhecer a liderança da UBI, para que isso aconteça a política desta terá que ser traçada para um futuro a médio, longo prazo, sendo resiliente mas compenetrada do seu valor, prestígio e destino:

LÍDER INTERVENIENTE DA REGIÃO DA BEIRA INTERIOR